segunda-feira, 16 de junho de 2008

“ Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” - relação com a Educação!



Tendo em conta que sou professor, vou fazer uma análise entre as mudanças dos dias que correm no seu geral e a sua relação com a acção educativa, pois é isto que mais me preocupa.
Cada um de nós reconhece que a sociedade evoluiu aceleradamente, sobretudo nos últimos 20 anos. Todo o mundo experimentou mudanças profundas que marcaram significativamente os modos de vida; as noções de espaço e de tempo; a produção e consumo; as tecnologias usadas; os hábitos do quotidiano e as próprias expectativas das pessoas.
As crianças e os jovens crescem hoje num contexto social e cultural diferente, bastante complexo e incerto, mergulhado numa crise de valores, inundado por uma multiciplidade de canais de informação. A propagação mediática da violência; a convivência multicultural; a instabilidade dos agregados familiares; a forte concentração urbana no litoral; as aceleradas inovações tecnológicas e as novas preocupações ecológicas, são alguns aspectos que marcam as gerações de hoje.
O Portugal europeu que hoje somos, a paz de que beneficiamos e o desenvolvimento social e económico, que o nosso País tem inegavelmente conseguido, representam novos tempos e novas vontades das novas gerações.
São outras e melhores as oportunidades de que estas gerações usufruem para gostarem do seu País e nele construírem uma vida melhor.
A personalidade do ser humano constrói-se através das transformações que afectam o indivíduo de forma consciente ou inconsciente. A maioria dessas transformações dependem das relações que se estabelecem entre ele e o mundo, as outras dependem das transformações internas produzidas pela duração ou de interacções entre essas transformações e as relações que mantém com o mundo exterior.
Assim, a personalidade define-se por um equilíbrio interno entre os componentes (fisiológicos, cognitivos, afectivos, sociais...) e por um equilíbrio externo que caracteriza as trocas que ela mantém com o meio na qual está inserida.
Deste modo, nunca podemos dissociar a mudança dos tempos (sociedade, mundo exterior) e das vontades (personalidade, mundo interior).
Face a todas estas transformações, as atenções de todos dirigem-se crescentemente para o ensino e para a educação. De uns, que nela depositaram as causas de todos os males, de outros, que procuram nela uma tábua de salvação, e de outros ainda, que reconhecem nela o fundamento mais duradouro do futuro dos povos, para aí se ancorarem os caminhos do desenvolvimento.
Quase tudo se pede, hoje, à educação: seja para preservar e afirmar a identidade nacional, seja para formar os recursos humanos necessários ao desenvolvimento do País.
No entanto, o sistema educativo só conseguirá fazê-lo se for capaz de responder aos desafios que os novos tempos colocam aos vindouros; se os preparar para construírem o seu próprio futuro; se lhes der condições para realizarem, com sucesso, a sua educação escolar e, acima de tudo, se toda a comunidade nacional nisto se empenhar.
Exige-se hoje um novo ideal de sabedoria: saber, saber fazer, saber ser... e saber evoluir. Porquê?
Paulo Sousa.

1 comentário:

Anónimo disse...

GOSTO DO BLOG, SOBRETUDO PELA COR.
SÓ FALTA MUDARES UM POUCO DE ASSUNTO, EMBORA ENTENDA POIS É ONDE TE SENTES MAIS À VONTADE, MAS, SE QUERES CHEGAR A TODOS OS LEITORES....
UM ABRAÇO
XPTO